A primeira venda de uma propriedade de criptomoeda em Portugal pode parecer insignificante, mas não parece para quem trabalhou durante quase um ano para fazer realidade.
No dia 4 de maio, num escritório da cidade setentrional de Braga, dois homens sentaram-se em frente a computadores portáteis Apple. João Marques, o vendedor, passou a direção de um dinheiro de criptomoedas para o comprador, que fez uma transferência e se converteu no novo proprietário de um apartamento na cidade avaliado em 110.000 euros, algo menos de três bitcoins naquele momento.
Todo o processo durou apenas alguns minutos, mas foi o culminar de muitos meses de discussões entre as autoridades fiscais, financeiras e notariais portuguesas para acordar como permitir que as transações imobiliárias fossem realicadas integralmente em criptomoeda.
Portugal, que não tem impostos sobre ganhos de capital para criptomoedas, tem sido um refúgio para investidores. Em meados de abril, o escritório de Silva emitiu um guia sobre como os notários deveriam abordar as transações de criptomoedas sem a necessidade de convertê-las em euros antes de se tornarem legais. Silva diz que a medida reflete um desejo claro por parte dos compradores:
"A criptomoeda é uma realidade e agora você pode fazer [as vendas de criptomoeda] de forma legal com transparência, cumprindo com tudo".
Uma indústria em crescimento.
O grupo de compradores potenciais está crescendo. Na verdade, há décadas de milhas de participantes no bitcoin vermelho que têm o equivalente a mais de um milhão de dólares em suas cartas digitais. E uma consulta de compradores de moradia nos Estados Unidos encargado por Redfin em dezembro do ano passado encontrou que o 12% dos compradores pela primeira vez planejava liquidar ativos digitais para um pagamento inicial, um aumento do 5% no terceiro trimestre de 2019.
Quando o comércio de criptomoedas foi perdido durante a pandemia, alguns investidores encontraram ouro e encontraram fundos para comprar propriedades pela primeira vez. Aqueles com um patrimônio estabelecido também adicionaram criptografia às suas cartas. O Relatório sobre a Riqueza de Knight Frank de 2022, uma pesquisa mundial realizada com mais de 600 gestores de patrimônio que gerenciam cartas particulares com um valor superior a 30 milhões de dólares, revelou que quase um de cada cinco clientes se inverteu agora em criptomoedas, tokens e moedas.
Isso refletiu o pico do mercado. Este ano, o despojo dos preços das criptomoedas provocado pelo aumento dos tipos de juros assombrou os investidores e reduziu o valor de todas as criptomoedas em cerca de 2.000 milhões de dólares. No entanto, o entusiasmo pelas ofertas de criptomoedas se mantém, e não apenas entre os compradores que buscam converter seus ativos, cada vez mais voláteis, em inversões mais seguras.
Crypto Real Estate ao redor do mundo.
O mercado imobiliário unidense de criptografia está hoje em seus inícios. As características do sistema estadual unidense, como a exigência de um período de “escrow”, na medida em que os fundos denominados em dólares de ambas as partes devem ser retidos por um terço neutro, significa que as transações realizadas totalmente em criptografia são, por agora, impossíveis .
Os reguladores estaduais unidenses também adotaram neste ano uma visão mais duradoura dos mercados de criptomoedas, e uma série de quibras de alto perfil de prestamistas de criptomoedas e fundos de cobertura deixaram congelados os ativos das investidores.
Isso não impediu os esforços para estabelecer um setor de criptografia imobiliária. Christine Quinn, agente imobiliária e estrela da série de televisão Netflix Selling Sunset, atuante em uma agência imobiliária de alto nível em Los Angeles, foi uma das primeiras a atuar. Em abril, Quinn começou a marcha RealOpen, que lista propriedades e transações intermediárias para possíveis compradores de criptomoedas, com seu marido, Christian Dumontet, empresário tecnológico e cofundador do serviço de entrega Foodler
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